27 de fev. de 2014







Foi lançado ontem, na sede da Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig), em Belo Horizonte, o selo "Criação de Aves sob Controle". A expectativa é de que as industrias avícolas adotem o selo tanto em campanhas publicitárias como na rotulagem dos produtos. O objetivo é levar ao consumidor informações que mostrem que o frango produzido no país é um alimento seguro, dentro dos mais rigorosos padrões de qualidade e, principalmente, sem hormônios.

O selo surge, segundo a Avimig, como uma forma de esclarecimento, por conta de uma publicidade equivocada veiculada em canal aberto de televisão. A propaganda dizia que uma determinada marca de frango congelado seria a única do país a utilizar ave sem hormônio, disseminando a falsa ideia de que as outras marcas utilizariam substâncias ilegais nas carnes, causando danos à saúde. Diante do fato, no início do mês o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) autorizou às indústrias avícolas a utilizarem a frase "Sem uso de hormônio, como estabelece a legislação brasileira" nos rótulos dos produtos.

Criado pela empresa Sob Controle Consultoria e Capacitação, o selo traz informações importantes para orientar o consumidor na hora de escolher o produto. De acordo com o diretor da empresa, Nelmon Oliveira da Costa, o selo será uma campanha educativa de esclarecimento ao consumidor sobre o sistema de criação de aves no Brasil.

"As empresas que o utilizarem estarão atestando que a produção é de qualidade e que atende a padrões rigorosos. Nossa ideia é que as empresas sejam mais audaciosas e mostrem, através do uso do selo, que cumprem todos os parâmetros de qualidade exigidos pelos órgãos de fiscalização oficiais", disse Costa. Segundo ele, o consumidor saberá que o setor avícola produz carne sem a utilização de hormônios e conservantes, como estabelece a legislação federal, e cumprindo etapas rigorosas que vão desde as granjas até o abate e processamento das aves.

De acordo com a Avimig, no Brasil há um rígido controle sanitário promovido anualmente pelo Mapa, por meio do Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC), com análises sobre a ocorrência de resíduos nos produtos. Desde a implantação, nunca foram registradas ocorrências de uso de substâncias ilegais, como por exemplo hormônios. No último levantamento, foram feitas 3,7 mil análises, com produtos que seriam vendidos nos mercados interno e externo, e todos estavam dentro dos padrões exigidos.

No selo, virão especificados os padrões de produção das granjas, que incluem o melhoramento genético, o efetivo controle dos programas sanitários, a nutrição adequada e o bem-estar animal. Também serão divulgadas informações sobre o abate, cujas regras incluem inspeção sanitária oficial, boas práticas de manipulação, rastreabilidade e garantia de qualidade.

Para o presidente da Avimig, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, o lançamento vem em um momento oportuno. "A campanhas publicitárias de empresas do segmento de avicultura deveriam informar à população brasileira que não são utilizados hormônios e conservantes na produção da carne de frango produzida no Brasil de maneira geral, e não favorecendo a uma marca anunciante", disse Vasconcelos, em nota de esclarecimento.

Ainda de acordo com o presidente da Avimig, a transparência com o consumidor é fundamental. " importante que haja maior transparência entre o setor e os consumidores. Por isso, o papel da associação é apoiar e contribuir para que as industrias adotem o selo. Com isso, o esforço de todo um setor, que vem se adequando há muitos anos, será reconhecido", disse.


Pif Paf - Uma das primeiras empresas mineiras que irão adotar o selo é a Rio Branco Alimentos S/A, proprietária da marca Pif Paf. De acordo com o gerente de relações institucionais, Cláudio Almeida Faria, o selo já deve ser incluído em março nas campanhas publicitárias e posteriormente nas embalagens, já que a modificação dos rótulos deve ser aprovada pelo Ministério da Agricultura.

"O selo vai saltar aos olhos dos consumidores e proporcionar aos mesmos maior segurança em relação aos produtos.  importante que a empresa assuma para o consumidor que o produto é de alta qualidade e que ele terá segurança alimentar", disse.





















Fonte: diariodocomercio.com.br


















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